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Medo

Quisera ter só medo, seria mais fácil. Hábil. Entenderia praticamente tudo, mas a covardia não anda só, ela vem acompanhada da preguiça, da leseira... Ah, aí vem o marasmo, o tédio, o olhar de desdém. Hm, o desdém anda na companhia do silêncio, este mestre dos ignorantes, pois se calar é fácil, prático e simples. Culpar apenas algo por algo por algo por algo, sem nunca se importar com o motivo. Estou vivo. (Será?) A partir do momento que apoiei-me no medo, tornei-me medíocre e ínfimo, algum alguém. Artigo indefinido no meio de tantos supostamente definidos. Quem os definiu? Não sei. Acho que nem me importo. Achar. Só achar. Deixar a dúvida sempre me tomar, pois terei no que pensar. Aí me recordo da preguiça que se apoia na covardia e traz o sono profundo, fugindo da realidade nua e crua. Sou tão jovem. Ou não. Isso vai passar. Passar, passar, passar, passar, passou, tinha passado, voltou. Ironicamente, me pego rindo e chorando pelos mesmos motivos. Aprenderei. Creio que
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As mesmas palavras são repetidas, as quais formam frases cheias de clichês. As mesmas atitudes são tomadas e iludidos caem no papo do charlatão. Os mesmos argumentos são proferidos, o que dá ideia de sabedoria. Pessoas são abordadas diariamente e perdem seu tempo ouvindo suas histórias. Sim, esses atendentes das grandes redes vendem torradeira dizendo ser  um grill.

Shihhhhhh!

No velho silêncio continuamos confusos Nada é mais ambíguo que a falta de som. Quando não dizemos nada, perguntas que não serão respondidas surgem. O mesmo silêncio que alivia, enlouquece.

Maybe I'm Lost

O desconhecido assola, Perturba o sono e invade a mente; A incerteza do futuro abala e provoca os pensamentos; O amanhã foge do controle e inquieta. O que sempre fez sentido se transforma em perguntas. As respostas inexistem. O desconhecido será belo? A incerteza será dolorosa? Ignorar evitará o sofrimento? Perguntas que destroem todo o tipo de certeza. Cuidar-se virou uma dificuldade.

Tolo

O jovem olhava para os outros com certo desdém. “Seriam eles, apenas, figurantes em minha vida?”, pensou. Seguiu acreditando que tudo o cercava e que o mundo dependia dele, que o Universo era ele. Grande tolo. Caminhou em direção a rua e não percebeu o carro que vinha em sua direção. Forte batida seguida de um grande estrondo. Caiu e ali ficou. O Universo não parou com sua morte, as pessoas apenas o cercaram por alguns instantes. Mas, após seu corpo ser retirado, cada um seguiu com sua rotina. Nada mudou após sua partida. O mundo continuou o mesmo.

Pois é

O protagonista desta história está longe de ser um herói. Pelo contrário, sua verdadeira personalidade não é definida em momento algum. Não é revelado o motivo dele se esconder através de belas palavras e/ou acusações, mas percebe-se que ele não sente muitas das coisas que diz entender.